Dúvidas Frequentes

Uma forma de tratamento de lesões ortopédicas está relacionada à temperatura: a crioterapia (gelo) e a termoterapia (calor).

O gelo promove vasoconstricção, diminuindo o fluxo sanguíneo. A partir dessa diminuição obtemos o efeito anti-inflamatório, à medida que diminui o influxo de células inflamatórias e, portanto, diminui a dor e o inchaço.

Já o calor tem ação contrária, promove uma vasodilatação, aumentando o fluxo sanguíneo no local. Esse aumento de sangue é relacionado à diminuição da tensão e o relaxamento da musculatura.

A indicação do gelo é para quando tiver um processo inflamatório agudo como em traumas agudos (pancadas, entorses, lesão ligamentares) ou após atividades físicas (como os atletas que fazem gelo após os treinos).

Pegue uma bolsa de gelo ou separe uma quantidade de gelo e enrole em uma toalha, pano ou compressa de tecido e aperte contra a pele no local machucado.

ATENÇÃO: é importante sempre ter uma fina camada de tecido entre a sua pele e o gelo.

Após 5 minutos já se percebe o efeito analgésico do gelo, tendo melhora da dor. Justamente por esse efeito de anestesia é preciso ser cuidadoso com o tempo de uso do gelo para evitar queimaduras na pele.

Mantenha o gelo por 15-20 minutos, mas não mais do que isso para evitar queimaduras. E tempos superiores a 20 minutos podem também gerar espasmos musculares ou até aumentar o processo inflamatório.

A aplicação de gelo pode ser repetida várias vezes no dia, tomando o cuidado para a pele já estar recuperada (sem aquela vermelhidão) – mais ou menos a cada 2-3 horas.

O gelo também pode ser usado imediatamente após esportes ou atividades físicas para diminuir o processo inflamatório, ajudando no tempo de recuperação e evitando lesões.

A indicação de compressas de água quente é para espasmos musculares, rigidez, dores crônicas, presença de hematomas ou até furúnculo – para ajudar a drenar.

O calor estimula a vasodilatação e o fluxo sanguíneo no local, aumentando a elasticidade de alguns tecidos e relaxando a musculatura, melhorando espasmos musculares.

Para fazer compressas de água quente é necessário sempre proteger a pele antes da aplicação de calor para evitar queimaduras.

A partir de 15 minutos aplicando uma fonte de calor já é possível perceber a melhora, sendo indicado de 20-30 minutos para melhores resultados.

O calor pode ser feito a seco (com alguma superfície indutora ou bolsa de água quente) ou molhado (toalha molhada, sauna) – diminui o risco de desidratação local.

A maioria das lesões esportivas acontece nas pernas e pés. As causas das lesões podem estar relacionadas a:

• Alterações de biomecânica: cada pessoa tem particularidades no formato e na movimentação do corpo. Algumas dessas características podem predispor (fator de risco) lesões (ex: joelhos varo ou valgo, pés cavos ou planos).

• Flexibilidade: a melhora da mobilidade das articulações e da flexibilidade de músculos e tendões permite movimentos mais amplos e com menor sobrecarga da articulação.

• Força: uma das principais causas de lesão esportiva é o desequilíbrio muscular. Nossos músculos têm tamanhos e capacidades diferentes (número e tamanho de fibras musculares, tipos das fibras). Por isso é fundamental um treinamento de força muscular para equilibrar essas diferenças.

• Tratamento inadequado: lesões precisam ser diagnosticadas e tratadas adequadamente. Isso ajuda não só na recuperação da estrutura machucada, como também previne novas lesões que podem ocorrer por compensação.

• Calçados: a forma como o seu pé se encaixa no calçado e como o calçado se fixa no chão alteram as forças transmitidas pelo solo ao pé durante o exercício. Ter um calçado confortável, bem ajustado e adequado para a prática esportiva é um importante fator de proteção de lesões.

• Treino: o local (superfícies regulares ou não), a técnica do exercício realizado, a frequência e periodização dos treinos também são outras causas frequentes de lesões. Treinar em ambiente adequado e de forma correta é fundamental para a sua saúde.

É um aumento doloroso da pressão de um ou mais compartimentos de músculos (na perna temos 4) gerado pelo exercício físico. A dor é decorrente de uma parada transitória da circulação dos músculos e nervos. É o aumento da pressão gerada pelo exercício que diminui a perfusão (chegada de sangue).

A síndrome compartimental crônica pode acometer homens e mulheres, em geral de faixas etárias mais novas (idade média é de 20 anos). Frequentemente acontece em praticantes de corrida e esportes de maior intensidade.

• Quadro clinico: uma dor que começa um tempo depois de ter iniciado o exercício físico e que pode piorar com o passar do tempo, se iniciando cada vez mais cedo ou até impedindo a prática de exercícios físicos. A dor pode ser mais aguda (como uma pontada) ou semelhante a cãimbra, com um enrijecimento da musculatura. Pode vir acompanhada de periostite (a famosa “canelite”), formigamento ou dormência e irradiar para toda a perna.

• Investigação: com a suspeita desse diagnóstico, devemos investigar com uma ressonância magnética da perna antes e depois de realizar um esforço físico. No exame pós-esforço tem sinais de inflamação e diminuição da perfusão dos músculos do compartimento acometido.

• Tratamento: o tratamento consiste em diminuir a pressão naquele local. O tratamento conservador é feito com medicação para dor e adequação das atividades físicas (diminuindo frequência e intensidade) e muitas vezes pode não ser eficiente. O tratamento cirúrgico é feito através da liberação da fascia (membrana que revestes os músculos) do compartimento acometido.

A onicocriptose, mais conhecida como unha encravada, é uma inflamação do leito ungueal (aquela região onde a unha se junta com a pele), causada pelo crescimento da unha na direção da pele e associada a pressão no local (normalmente por sapatos fechados e/ou apertados).

O corte correto da unha é reto, sem arredondar os cantos, mas algumas pessoas podem acabar deixando algum cantinho que acaba crescendo na direção da pele. Além disso, existem alguns formatos de unhas predispostas à condição, bem como traumas nas unhas (durante esportes, por exemplo), meias de materiais sintéticos e calçados muito apertados.

Os sintomas são dor, vermelhidão, inchaço e muito incômodo.

Pode acontecer a infecção associada com piora da dor, saída de secreção e até formação de abscesso.

É muito importante o tratamento adequado dessa infecção pelo contato muito próximo entre a unha e a falange distal (a unha está logo acima do osso)

O tratamento pode ser desde orientação dos cuidados e corte das unhas, higiene dos pés, uso de calçados adequados, até mesmo uso de antibiótico e cirurgia.

A placa plantar é um ligamento com espessura 2-5mm na região plantar (da sola do pé) que une o metatarso à base da falange proximal, juntamente com a cápsula articular.  A placa plantar estabiliza os movimentos de extensão e flexão dos dedos (para cima e baixo).

As causas de lesão da placa plantar são por degeneração progressiva ou traumas agudos, um trauma axial pontual, de alta energia.

Os principais sintomas são: dor na região plantar logo abaixo dos dedos. A dor é progressiva, sendo pior ao impacto e com uso de sapatos de salto. Pode ser acompanhado de inchaço e deformidades do dedo – elevação (o dedo fica um pouco mais levantado que os demais) e em geral com um desvio para o lado que a placa rompeu.

O diagnóstico é feito com base no histórico e no exame físico e pode ser confirmado pela ressonância magnética.

O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. Como regra geral, se temos uma lesão degenerativa (não causada por um evento traumático específico), em um paciente mais velho, com baixa demanda, podemos optar pelo tratamento conservador.

Em pacientes mais jovens, pessoas muito ativas, alto volume de treino e lesão traumática, existe uma tendência em reconstruir a placa plantar.

Uma vez que já esteja presente deformidades dos dedos e instabilidade da articulação metatarsofalangeana o tratamento conservador tem poucos resultados por não corrigir as deformidades e não estabilizar a articulação.

Tendinite do tibial posterior ocorre em 1 a cada 10 pessoas!

Essa doença era também chamada de pé plano adquirido (ou pé plano do adulto) porque com a sua evolução o paciente apresenta deformidades como o pé plano (pé “chato”) pela perda da função desse tendão.

Tendinopatia do TP é mais comum em mulheres de meia idade (a partir de 40 anos, pico aos 55 anos) e já com alguma doença sistêmica (comorbidades).

Sintomas envolvem dor na parte interna do tornozelo, piorando com atividade física podendo ter inchaço e um desabamento do pé – ficando mais plano.

É uma doença que pode piorar com o decorrer do tempo se não for tratada e o tratamento pode ser cirúrgico ou conservador (com palmilha, medicação e fisioterapia).

Ossos sesamóides são ossos articulares que estão inseridos em tendões ou ligamentos cuja função é aumentar o apoio e reduzir a pressão naquele local.

Em geral temos 2 ossos sesamóides embaixo da cabeça do primeiro metatarso e o sesamóide medial e o mais frequentemente lesionado.

As fraturas do sesamoide podem ser agudas: trauma direto na região plantar, com bastante dor e edema ou crônicas (fraturas por stress). O quadro clínico é de dor se longos períodos de pé, piora com exercícios físicos e melhora com o repouso.

A sesamoidite é uma inflamação crônica por um aumento de pressão nessa região. A dor também é pior nos períodos longos de pé, mas de forma mais irregular (alguns dias sim, outros não), piorando com o tipo de calçado ou atividades mais intensas.

Na investigação, a radiografia pode ajudar, mas a ressonância magnética tem uma maior sensibilidade.

Na maioria das vezes, os sesamóides respondem bem ao tratamento conservador, que inclui desde medicações, imobilização, enfaixamentos, fisioterapia e palmilhas para reduzir a pressão naquele local. No caso de falha do tratamento conservador pode ser indicado tratamento cirúrgico – retirada do osso.

Acontece mais em adultos, praticantes que tiverem aumento de atividade física recente (tanto em pessoas sedentárias que iniciaram exercícios quanto em pessoas já praticantes que aumentaram o volume e/ou intensidade dos exercícios). Pode ser bilateral (os dois pés) em até 75% dos casos e mais comum em praticantes de corrida.

A dor costuma ser contínua e piora com a carga (pular, correr, ficar muito tempo de pé), frequentemente associada a inchaço do calcanhar ou dos pés.

O Diagnóstico mais precoce é feito através da ressonância magnética, podendo ser as radiografias iniciais normais.  a maioria dos casos tem boa evolução com tratamento conservador, que é imobilização, diminuição de carga e ajuste dos treinos.

É uma diminuição TRANSITÓRIA do fluxo sanguíneo para a epífise (a placa de crescimento) do calcâneo. É autolimitada, sendo retomado o fluxo sanguíneo normal após um tempo.

Acontece em crianças, geralmente entre 7-12 anos, muito ativas (praticam muitas atividades) ou que intensificaram atividades físicas. O quadro frequentemente começa com a queixa de dor durante ou logo após os exercícios. Não é incomum ser bilateral.

O pé diabético é definido pela Organização Mundial de Saúde como o pé de um doente diabético com infecção, ulceração (úlcera) ou destruição do pé provocada por alterações dos nervos ou dos vasos (artérias). O problema não tem cura, mas existem tratamentos que aliviam os sintomas. O ideal é prevenir. Quem tem diabetes deve cuidar dos pés diariamente, com atenção especial à higiene e possíveis cortes.

Trata-se de um tumor benigno (como um enovelamento) do nervo digital. É mais frequente entre o 3º e o 4º dedos do pé e é um sinal de pressão aumentada naquela região.
Ele causa dor, sensação de formigamento, queimação ou choque na sola do pé, podendo ir até os dedos. As principais causas são traumas repetitivos na parte anterior do pé, uso excessivo de calçados de bico fino, contusões, fraturas e alterações anatômicas das articulações dos dedos.

Joanete é o nome popular da uma doença chamada HÁLUX VALGO. Essa doença é caracterizada pelo desvio lateral do 1º dedo (o dedão). Isso resulta em uma deformidade que gera uma proeminência, um aumento na parte interna do pé e geralmente é doloroso.

É uma doença muito mais frequente em mulheres (Homens 1:9 mulheres), principalmente na idade adulta, se tornando mais frequente e sintomática a partir dos 40 anos.

Algumas pessoas com doenças reumatológicas, como artrite reumatóide e gota, também podem apresentar a doença

Causas
Pode ter causa multifatorial, mas o fator genético é bastante importante.  História familiar de joanete pode estar presente em até 60% dos casos. Outras causas são divididas da seguinte forma:

• Fatores intrínsecos: tipo de pé – pé plano, pé egípcio, mobilidade excessiva no primeiro raio
• Fatores extrínsecos: uso de calçados inadequados (bico fino, sapatos apertados, salto alto), atividades de impacto

Tratamento

Individualizado para cada paciente. Varia de acordo com idade do paciente, grau de deformidade e intensidade dos sintomas, lesões associadas e as características do paciente (idade, hábito de calçados, prática de atividade física, atividades cotidianas).

Pode ser desde uma simples orientação sobre os calçados mais adequados ou mudança de atividades até uma correção cirúrgica.

O esporão calcâneo é uma calcificação (depósito de cristais calcificados) em uma estrutura. Essa estrutura pode ser: a própria fáscia plantar, a aponeurose ou o músculo flexor curto do hálux.

O esporão calcâneo pode ser causa de dor na região do calcanhar em 50% das pessoas que apresentem a calcificação, mas é fundamental descartar outras causas. Existe uma grande associação (50-70%) de esporão com fascite plantar, sendo a fascite mais comum e maior causadora de dor.

É identificado no RX como uma proeminência óssea e a maioria das vezes tem tratamento com medidas clínicas (como gelo, alongamento, fisioterapia, uso de órteses) bem sucedido. Apesar de ser uma prática comum antigamente, a cirurgia tem indicação em poucos casos.

Estalos articulares são fenômenos  comuns, frequentes e benignos na maioria das vezes.
Raramente requerem investigação ou tratamento e podem aumentar com o envelhecimento.

Não existe uma única causa definida para os estalos nas articulações, mas existem algumas teorias:

• o estalo é decorrente da compressão de uma bolha de nitrogênio que é formado por acúmulo de ar na articulação
• o estalo é o reajuste ou realinhamento de ligamentos e tendões que cruzam a articulação (rigidez e tensão muscular podem contribuir para o estalo)
• colapso de pequenas áreas de vácuo parcial de líquido sinovial (o líquido produzido naturalmente na articulação)
• rompimento de aderências (cicatrizes) na articulação.

Quando o estalo deve ser investigado?

Sempre que vier acompanhado de dor e/ou inchaço na articulação ou se dificultar ou alterar a mobilidade.

Trata-se do crescimento da derme e do tecido subcutâneo que gera tumores, a maioria benignos, de tecidos moles. Esses tumores não provocam metástase, mas podem se infiltrar nos músculos e ossos.

Sim, e ela pode afetar qualquer uma das articulações do pé. A artrose pode causar dor, inchaço e deformidades nos pés com o passar do tempo. É importante durante a investigação médica pesquisar qual a causa da artrose e o tratamento pode começar com mudança dos hábitos de sapatos.

Uma das causas mais frequentes de dor no calcanhar, podendo acometer até 10% da população. É uma inflamação que afeta a fáscia plantar, tecido que recobre a musculatura toda a sola do pé e pode acontecer em um ou nos dois pés.  Quando ocorre, causa dor aguda perto do calcanhar, na região plantar. A dor é pior logo cedo, depois de acordar ou após longos períodos de repouso. É tratada com fisioterapia, alongamento, adequação dos calçados e medicamentos. Em casos mais duradouros pode ser indicado terapia por ondas de choque e, muito raramente, liberação cirúrgica.

Normalmente, essa lesão acontece devido a uma contração abrupta e forte do tendão, especialmente em quem pratica atividade física esporadicamente e não tem o fortalecimento e o alongamento necessários.
Como tem esforço e uma demanda maior do que o tendão e os músculos estão condicionados – e também por ocorrer de forma muito rápida e abrupta -, acaba tendo a ruptura das fibras.

Termos Técnicos e Definições

São lesões causadas por algum trauma ou impacto, agudo e direto, sem lesões de pele. Esse impacto atinge as partes moles (músculos, tendões, pele, subcutâneo) e, quanto maior o impacto, maior número de estruturas e mais profundas podem ser acometidas.

Essas lesões podem gerar dor, inchaço e calor no local. Pode ter formação equimose (aquele roxo na pele) e hematomas (vasos de maior calibre, mais profundos sangram e, com acúmulo de sangue, podem formar hematomas).

Apesar da dor, são lesões que evoluem bem, na maioria das vezes, sendo ideal o tratamento com sintomáticos (remédios para dor) e gelo.

É uma lesão causada por trauma ou impacto com acometimento/lesão da pele:

• Escoriação: atinge camadas mais superficiais de pele, decorrente do atrito do corpo com uma superfície áspera, como arranhões e ralados. Em geral, não precisam de sutura;

• Ferimento propriamente dito: atinge camadas mais profundas de acordo com o mecanismo de trauma, podendo necessitar de sutura (a depender do tamanho e localização). Ferimentos são classificados pelo formato, tamanho e extensão e podem ser puntiforme, perfurante (punhal), corto-contuso (facas), perfuro-contuso (projétil bala)

A luxação é a perda da congruência articular, ou seja, quando um osso sai da posição anatômica em uma articulação. Ocorre quando uma das extremidades dos ossos desencaixa da outra, podendo acontecer em qualquer articulação do corpo.

Em geral, as luxações são bastante dolorosas e ocorre incapacidade de movimentar aquela articulação – o movimento e a melhora da dor ocorrem logo depois da redução – voltar o osso para o lugar certo.

Na maioria das vezes é causada por um trauma (queda, pancada, entorse, acidentes), podendo ser isolada (evento único) ou recorrente (luxar mais de uma vez a mesma articulação), associadas a outras condições (congênita – a articulação nasceu luxada;

É uma urgência ortopédica, devendo ser reduzida (voltar os ossos na posição anatômica habitual) o mais breve possível.

É o trauma no osso em que temos perda da continuidade óssea, ou seja, pelo menos uma cortical do osso não está íntegra, não toca mais a outra (está quebrada).

Fraturas expostas: além da fratura do osso tem lesões do que temos ao redor do osso – músculos, tendões, nervos, vasos, ligamentos (chamamos de envelope de partes moles) e da própria pele. Assim existe contato do osso com o meio externo, aumentando a chance de ter uma infecção associada e, em geral, decorrente de acidentes mais graves.

É um termo popular para designar a CONTRATURA ANTÁLGICA, que é uma contração contínua e involuntária (um espasmo) de algum músculo ou das fibras musculares para gerar um posicionamento melhor de um segmento ósseo (em geral articulações).  Esse posicionamento funciona como uma manobra de defesa para evitar os movimentos que causam dor.

Lesão de fibras musculares por ação direta ou indireta. A ação direta é que tem um trauma diretamente contra o músculo (por ex: “paulistinha” no futebol – recebe trauma do joelho do outro jogador na coxa).

A ação indireta ocorre durante uma contração muscular excêntrica, na junção miotendínea, por exceder a velocidade ou força que o músculo está condicionado. Um bom exemplo para isso é quando vai dar uma arrancada” para sair correndo ou uma corrida no tênis para alcançar uma bola.

As distensões musculares variam conforme quantidade de fibras musculares rompidas e podem ser classificadas assim:

• Grau I – até 25%
• Grau II – 25-50%
• Grau III 50-75%
• Grau IV – 75-100%

Isometria: músculo contrai sem alterar o seu comprimento.

• Isotonia: músculo contrai com tensão constante.

• Concêntrico: músculos encurta durante a contração.

• Excêntrico: músculo se alonga durante a contração

Agem para restringir movimento articular, estabilizar a articulação e possuem receptores nervosos responsáveis pela PROPRIOCEPÇÃO (percepção de postura, posicionamento e equilíbrio). Compostos por água, colágeno do tipo I e matriz extracelular (proteínas).

Indireta (fibrosa): tipo mais comum. As fibras superficiais se inserem no periósteo e as mais profundas, no osso (através de fibras de Sharpey) – exemplo: LCM.

Direta (fibrocartilaginoso): fibras superficiais e profundas com inserção óssea. Essas fibras são divididas em 4 zonas distintas, com aumento de rigidez progressivo, para dissipar força e diminuir concentração de estresse. Exemplo: supraescapular.

Transmitem a força do músculo para o osso para gerar movimento articular. Formados por colágeno (tipo I, principalmente, e tipo III), água a matriz extracelular (proteínas).

Tipos: posicionamento e tração.

Recobertos por paratendão (ex: Aquiles, patelar quadríceps): melhor vascularizados, com melhores cicatrizações.  Frequentemente lesados em traumas e podem falhar na junção miotendínea (músculo e tendão) ou na junção osso-tendão.

Envoltos por bainha (túnel): menos vascularizados (suprimento por difusão) – são lesionados por lacerações (cortes) e correm risco de formar aderências.

Nas suas inserções ósseas possuem receptores nervosos – responsáveis pela percepção de dor.

Fases de cicatrização natural:

Inflamação (1-7 dias): limpeza do sangramento, remodelamento e produção de colágeno tipo III

Organogense (7-21 dias): modelamento de tecido (proliferação de vasos e estrutura – colágeno tipo III)

Remodelamento (até 18 meses): remodelamento de tecido para tecido normal – substituição do colágeno do tipo III pelo colágeno do tipo I

Reparo cirúrgico:

Maior fragilidade do tendão após reparo: 7-10 dias

Fortalecimento do tendão: 21-28 dias

Integração e força máxima no tendão: 6 meses (força final do tendão após reparo pode chegar até ⅔ da força máxima e pode levar até anos para retornar).

A cartilagem é um tecido que reveste os ossos nas articulações. A sua função é diminuir a fricção e distribuir o impacto de forma mais homogênea.

É composta por colágeno (tipo II), água, proteoglicanos (tipo de proteína) e pelos condrócitos, as células que produzem tudo isso.

A cartilagem não é vascularizada, ou seja, todos os nutrientes chegam pelo líquido sinovial (líquido lubrificante dentro das nossas articulações) e pelo osso subcondral (que está logo abaixo da cartilagem).

A cartilagem pode ser machucada por algum trauma, doenças sistêmicas e pelo próprio envelhecimento.

É a perda de massa óssea decorrente de um desbalanço do metabolismo ósseo: tem maior absorção do que deposição. É comum ocorrer com o envelhecimento, mas pode ter outras causas como: medicamentos, alterações hormonais, doenças sistêmicas, etilismo, sedentarismo.

O aumento da reabsorção leva à uma fragilidade óssea, se tornando mais fácil que ocorram fraturas.

Acomete 4x mais mulheres do que homens.

Melhora do metabolismo ósseo: níveis adequados de vitamina D e cálcio, prática regular de atividades de impacto.

A osteopenia é um estado anterior a osteoporose, ou seja, já tem uma diminuição da massa óssea, mas não tão intensa quanto a osteoporose.

Desde os 30 anos de idade vamos perdendo, lentamente, uma pequena quantidade de massa óssea e muscular.

É um processo degenerativo (de destruição) da cartilagem que reveste os ossos.

Esse desgaste é comum com o envelhecimento, podendo ser sintomático (dor, diminuição do movimento) ou não.

Os sintomas da artrose podem ser: rigidez, perda de flexibilidade, dor, inchaço, diminuição de movimentação, crepitação (sensação de que tem areia dentro da articulação).

Existem alguns fatores que aceleram ou predispõe a artrose: idade (mais comum com o envelhecimento), traumas na articulação (atividades de muito impacto durante longos períodos ou por vários anos, entorses, contusões), fatores genéticos, algumas doenças sistêmicas (osteometabólicas e reumatológicas), sexo (mais prevalente em mulheres), obesidade e deformidades ósseas.

É um processo inflamatório agudo na articulação, ou seja, sinais de flogose (como calor, vermelhidão, dor, inchaço) que dificultam a movimentação.

Pode ser de origem traumática, infecciosa, doenças reumatológicas (gota, artrite reumatóide, dentre outras).

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