Dicas

Por que fazer fisioterapia?

É um senso comum que uma vez que você vá ao ortopedista, você vai sair da consulta com uma das seguintes opções: cirurgia ou fisioterapia. A fisioterapia é indicada no tratamento de diversas doenças e tem, como objetivo final, a reabilitação de alguma desordem.

A fisioterapia pode passar por algumas etapas:
-analgesia: diminuição da dor
-anti-inflamatório: controle do processo inflamatório (melhorando a dor e inchaço)
-trabalho de mobilidade articular : restabelecendo o movimento completo de uma articulação
-fortalecimento: melhora da força (isso é FUNDAMENTAL)
-propriocepção: melhorando a percepção e controle corporal
-equilíbrio, treino de marcha
-gesto esportivo: para reabilitar para o retorno às atividades físicas rotineiras de cada paciente.

O tratamento fisioterápico traz técnicas específicas que vão ajudar as pessoas a terem uma recuperação motora de forma eficaz e tem um papel importante na prevenção de novas lesões.

Já fiz 40 sessões de fisioterapia e não resolve!

Eu já ouvi essa frase algumas vezes no consultório e não me surpreende que o paciente esteja cansado, frustrado de não ter se recuperado e se mostrar resistente quando eu peço mais sessões de fisioterapia. Número de sessões não implica, necessariamente, em evolução e conquistas.

Então, quantas sessões de fisioterapia são necessárias? A verdade é: NÃO EXISTE UM NÚMERO DEFINIDO. Apesar de ser frequente os pedidos de 10 sessões (e isso acontece por uma conveniência de autorização pelos convênios), não é a quantidade numérica que importa, mas o desempenho funcional.

A fisioterapia é a parte de tratamento que visa REABILITAR o paciente. Reabilitar significa tornar algo habilitado, adequado novamente; restituir ou readquirir algo. Se a fisioterapia foi feita para reabilitar, a fisioterapia irá o durar o suficiente para que a pessoa readquira as suas funções e restitua a rotina de atividades prévias.

E é por isso que não é possível determinar um número de sessões. O que deve nortear a necessidade da fisioterapia são:
•queixas e impressões do paciente;
•ganhos funcionais
• desempenho nos exercícios propostos
•capacidade de retomar as atividades prévias.

Por isso, não se prenda ao número de sessões, mas sim aos marcos e conquistas! A fisioterapia tem que durar o necessário para o paciente desempenhar suas atividades diárias e físicas bem, seguro e sem dor.

Muletas: você sabe como usar?

Quando eu indico que o paciente use um par de muletas eu sempre peço para o paciente testar, na minha frente, como ele vai andar com as muletas.

É bastante comum que, nesse momento, as pessoas fiquem confusas e inseguras, não sabendo onde apoiar as muletas, qual pé pisar primeiro, onde encaixar as mãos. A verdade é que a insegurança vem da falta de conhecimento – de não saber como as muletas funcionam – e de prática – é incrível a evolução na desenvoltura de uma semana para a outra.

Muletas são um auxílio para as pernas para distribuir o peso do nosso corpo. As muletas funcionam como uma perna a mais – uma conexão dos nossos braços diretamente como chão. Ao conectarmos os braços diretamente com o chão (através da muleta), transferimos parte do peso do nosso corpo para os braços.

Outra função da muleta é de melhorar a estabilidade dessa transferência de peso. Se apoiamos o peso do nosso corpo apenas em uma bengala, concentramos a força em uma área pequena.  As muletas, ao se apoiarem nos cotovelos ou axilas, permitem que um número maior de músculos sejam usados, distribuindo melhor a pressão e, ao ficarem ao lado do corpo, aumentam o tamanho da nossa base de apoio – o que gera maior estabilidade.

Agora fica mais fácil entender como a muleta deve ser usada: a muleta deve substituir a perna que precisa ser preservada ou que esteja lesionada e/ou imobilizada. O peso do corpo será transmitido normalmente na perna sadia e, ao invés de “pisar” com a perna lesionada, você deve “pisar” com a muleta – os braços farão a força e a muleta transmite o movimento.

VOLTAR
CLIQUE AQUI E AGENDE A SUA CONSULTA!