Patologias
Lesões Musculares
TENDINOSE DO TENDÃO DE AQUILES
O tendão calcâneo ou tendão de Aquiles consiste num forte tendão que liga a musculatura da perna ao calcanhar. A musculatura da perna é composta por dois músculos: sóleo e gastrocnêmio. Quando essa musculatura contrai, ela puxa o tendão de Aquiles fazendo com que o pé dobre para baixo (flexão plantar).
Trata-se de uma musculatura muito forte e importante para atividades como correr, pular ou escalar.
Com o processo de envelhecimento ou em decorrência a um excesso de uso, o tendão calcâneo pode sofrer um processo de degeneração e enfraquecimento. O termo ‘degeneração’ significa a ocorrência de pequenas lesões dentro do tendão associadas a perda do arranjo normal de suas fibras.
Os tendões são constituídos de fibras colágenas que se organizam num trançado semelhante às fibras de uma corda. Com essa ‘degeneração’, algumas fibras ficam mais frágeis e outras rompem-se espontaneamente.
O processo de cicatrização decorrente destas roturas de fibras secundária às lesões decorrentes da ‘degeneração’ causa espessamento do tendão denominado ‘tendinose’.
ROTURA ESPONTÂNEA DO TENDÃO DE AQUILES
A rotura espontânea do tendão de Aquiles é mais frequente entre a terceira e a quinta décadas de vida.Ocorre mais frequentemente em homens e está relacionada a prática de esportes. O mecanismo mais de rotura decorre de uma força intensa do pé contra o solo causando uma contração abrupta da musculatura da panturrilha. A ruptura do tendão leva a dificuldade em ficar na ponta dos pés.
Quando ocorre a rotura do tendão de Aquiles o paciente geralmente ouve um estalo e sente uma dor abrupta semelhante a como tivesse levado uma pedrada na panturrilha. A dor melhora num intervalo relativamente curto de tempo, porém surge uma sensação de fraqueza para ficar em pé (ou na ponta dos pés). Muitas vezes, pode-se palpar uma depressão na panturrilha decorrente da rotura do tendão.
Os exames de imagem mais adequados para o diagnóstico são a ressonância magnética e a ultrassonografia.
O tratamento pode variar de simples imobilização à cirurgia, dependendo da intensidade da lesão, das condições do tendão e das condições do paciente.