Dicas

Sapatos Adequados

Os tênis estão em todos os ambientes desde a prática de atividades físicas até em ambientes sociais e de trabalho. Cada modelo pode ser único se levarmos em conta tipo de solado, material, design, amortecimento, altura, etc.

Mas existe um tênis certo? Existem alguns sinais que o tênis que você está usando pode ser errado para os seus pés:

• Lesões nas unhas: se o tênis for muito pequeno ou apertado ele pode ocasionar um escurecimento ou perda da unha, por fazer uma pressão exagerada ali. Neste caso, o melhor é escolher um tênis um pouco mais folgado e com um tecido mais macio naquela região.

• Tendinite ou dores que começaram após troca do tênis: os tendões inflamados podem ocorrer pela adaptação do pé a um novo tipo de pisada, forçada pelo tênis.

Se você desenvolveu alguma lesão ou está com dores após ter trocado o calçado, evite usar!  E existe um tênis bom para todo mundo? Não! Existe um tênis ideal? Não existe. Já foram feitos diversos estudos tentando entender se teria algum tênis que pudesse melhorar performance ou evitar lesões. A conclusão desses estudos é que não existe um modelo assim e o melhor tênis para cada pessoa é variável e vai ser aquele que você usa sem dor, que já fez atividades físicas e não sentiu nenhum desconforto.

Salto alto faz mal?

Longe de mim, usuária do salto alto, falar que o salto alto faz mal à saúde. Mas, o uso de saltos muito alto, por longos períodos e durante muitos anos tem sim alterações cumulativas no corpo.

Alguns estudos que analisaram mulheres que usaram saltos por vários anos mostram algumas compensações que fazemos no corpo ao usar salto alto:

-dor lombar: para adequar ao deslocamento do centro de gravidade do corpo (com o salto, o centro de gravidade fica mais próximo da cabeça e da barriga)

-sobrecarga nos joelhos e quadris: pelo aumento da flexão dessas articulações e aumento de força na parte anterior

-encurtamento de cadeia posterior (aumentando sobrecarga na lombar): o salto deixa a parte de trás da perna mais encurtada

-sobrecarga na região da frente do pé: pela posição que o pé fica no calçado (em flexão plantar)

Existe um sapato que é bom para todo mundo?

Não existe! As pessoas tem formatos de pés, demandas, biomecânicas e gostos diferentes. E esses fatores influenciam no que uma pessoa julga ser um bom sapato.

Um calçado adequado não diz respeito apenas às suas características físicas (que o compõem), mas também ao uso que será dado (cada situação/demanda exige uma coisa) e à percepção de conforto da pessoa que está usando. Por isso, é essencial pensar em sua saúde e bem-estar ao escolher o melhor sapato para trabalhar ou exercitar

1. Prefira o conforto: O sapato ideal é aquele que permite que a pessoa caminhe, dance, se exercite, pule, ande, corra e pratique todas as duas atividades diárias sem sentir dor.

2. Priorize calçados feitos de tecidos naturais (como couro e algodão).
Tecidos naturais são mais confortáveis, permitem a transpiração da pele e, em geral, acomodam melhor o pé.

3. Escolha um modelo que atenda as suas necessidades: O modelo ideal depende do tipo de demanda e dress code do seu local de trabalho.

4. Se for ficar muitas horas de pé, em deslocamentos longos e atividades físicas, prefira calçados que tenham algum amortecimento e solados menos flexíveis.

Essas características ajudam a transmitir menores cargas aos pés, sendo mais confortáveis.

Dor no Calcanhar e Calçados

Uma das causas mais comuns de dor no calcanhar é a fasceite plantar, que acontece por uma inflamação na fáscia (uma membrana que fica na sola no pé e ajuda na sustentação do pé). Todas as vezes que andamos estamos mexendo a fáscia (fazendo pressão e tração) e uma das coisas que pode levar à fasceite é justamente o tipo de calçado usado.

Calçados que são muito finos e molinhos, com o solado muito flexível, são calçados que protegem pouco a região de origem da fáscia. Além disso, esses calçados deformam muito (por serem flexíveis) e acabam transmitindo toda a carga para o pé, aumentando a tensão na fáscia.

Por isso, umas das formas de previnir a fasceite plantar é evitar sapatos flat (como rasteirinhas, alpargatas, sapatilhas), sapatos muito flexíveis (como chinelos, havaianas e tênis sem nenhum amortecimento) por longos períodos e uso muito frequente.

Será que os tênis são os calçados mais adequados?

Como tudo na medicina (e na vida!) – resposta é depende! Existem tênis que podem ser mais instáveis do que alguns tipos de sandálias, por exemplo. No geral, tênis tendem a ser calçados mais estáveis do que os demais. Algumas características que tornam os tênis mais estáveis e, portanto, mais confortáveis, são:

-presença de solado pouco flexível (e aqui precisam ser excluídos os tênis minimalistas): com a menor deformidade do solado ocorre, também, a menor exposição das estruturas do pé;

-presença de amortecimento: ajudando na absorção do impacto e elevando um pouco o calcanhar;

-presença de contraforte (aquela parte de trás do calçado, onde tem apoio do calcanhar);

-fixação de toda a frente do pé (distribuindo a carga de forma mais uniforme – ao contrário de chinelo ou sandálias que apresentam apenas alguns pontos de fixação).

Então, sim, os tênis, em geral, são calçados com maior fixação e estabilidade – por isso, confortáveis. No entanto, essas características podem ser alteradas nos tênis, além de poder ser aplicadas em outros tipos de calçados. Quanto mais características estruturais próximas às de um tênis tradicional o calçado tiver, mais estável e confortável ele será.

Sapatos de salto baixo e a Fasceíte Plantar

Será que isso faz sentido? Sim, faz muito sentido!

Quando usamos um salto pequeno, elevando o calcanhar, conseguimos diminuir a tração na fáscia plantar, deixando um pouco mais relaxada.

Outra coisa que ajuda muito é o uso de calçados de solado menos flexível.

Solados mais rígidos deformam menos, fazendo com que a fáscia sofra menos deformação e, consequentemente, menos tração.

O tênis e a corrida

Seja você um maratonista profissional ou um corredor amador, todos quem um bom tênis para que o momento dos exercícios seja o melhor possível.

Muito além das diferenças de estilo e cor entre os vários modelos existentes, os tipos de amortecimento e solado implicam diretamente nos pés.

Além de tênis descritos para cada tipo de pisada (pronada, neutra ou supinada), fala-se muito sobre tênis minimalistas e maximalistas.

Os tênis minimalistas são leves, flexíveis e com pouco amortecimento.

Já os maximalistas são conhecidos por solados mais altos, menos flexíveis e com bastante amortecimento.

O mais importante é que a escolha seja por um tênis confortável, já que não existem comprovações que os tênis que corrigem pisada diminuam lesões ou aumentem performance.

O que acontece no pé quando usamos salto alto?

O uso frequente dos sapatos com salto alto implica em algumas alterações biomecânicas no pé e tornozelo para se adequar ao formato. Essas alterações são capazes de modificar a musculatura ativada na marcha e no repouso, além de mudar a maneira de se locomover. Algumas alterações com acontecem nos pés e tornozelos são:

•Maior ativação e aumento da carga dos músculos da parte da frente da perna – dorsiflexores (responsáveis por trazer os dedos, o pé e o tornozelo mais próximos do corpo).

•Encurtamento e diminuição da força dos músculos da panturrilha na hora de andar.

•Encurtamento do pé e elevação do calcanhar para se adequar ao sapato.

•Deslocamento do centro de pressão e equilíbrio no pé mais “para frente”, próximo a base dos dedos.

  • Diminuição da pressão no calcanhar e aumento da pressão no arco longitudinal e nos dedos.

As compensações e sobrecargas do uso de salto alto SÃO PROGRESSIVAS e DEPENDEM DE HORAS E FREQUÊNCIA DE USO.

Ou seja, não é o uso de salto isolado, em ocasiões festivas, que vai lesionar o seu pé. Além disso, é possível escolher sapatos que tenham repercussões menores!

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