Patologias
Tendinites
Uma das causas mais comuns de dor no quadril é a tendinite glútea. Esse tipo de dor é bastante comum em jovens corredores e praticantes de dança, mas também é encontrada em mulheres maiores de 40 anos, especialmente após a menopausa.
As lesões nos mais jovens e praticantes de atividade física ocorre por movimentos repetitivos, que causam microlesões no tendão, levando a inflamação e tendinite. Já nos pacientes mais velhos, essa sobrecarga é crônica, então a inflamação da tendinite vai sendo substituída por uma degeneração do tendão, passando a ser chamada de tendinose.
A dor costuma piorar:
– ao subir escadas ou em terrenos com subida,
– ao se levantar da cama de manhã
– deitar em cima do quadril (de lado)
– quando fica em único pé (por exemplo ao vestir uma calça).
É importante descartar a bursite trocantérica, que também gera a dor na região lateral do quadril.
O que é tendinite?
Um dos diagnósticos mais comuns na prática do consultório é a tendinite. Apesar de ser muito comum e, muito provavelmente, você ou já teve ou terá em algum momento na vida, a maioria das pessoas não sabe o que isso significa.
Tendinite é a inflamação ou irritação do tendão. – que é uma corda espessa fibrosa que conecta os músculos aos ossos. Isso gera dor, inchaço, sensibilidade no local, na maioria das vezes, ao redor das articulações.
Apesar de poder ocorrer em todos os tendões do corpo, é mais comum ao redor dos ombros, cotovelos, punhos, quadris, joelhos e tornozelos. A maioria das tendinites tem um bom resultado com tratamento conservador: reabilitação com fisioterapia, adequação das atividades físicas e medicações para reduzir a dor.
Tendinite: Como tratar?
A maioria das pessoas já teve ou terá uma ou mais tendinites em algum momento da vida. Essa inflamação ou irritação dos tendões (tecido que conecta os músculos aos ossos) acontece por uma sobrecarga aguda ou repetitiva da estrutura.
A maioria das tendinites tem uma boa evolução com o tratamento conservador, que consiste em:
-Repouso relativo: na maioria da vezes, a tendinite é causada por movimentos repetitivos.
Por isso, parte importante do tratamento é diminuir o fator de sobrecarga e podemos fazer isso diminuindo a carga ou a frequência que esse esforço acontece.
-Fisioterapia: a tendinite acontece por esse desbalanço entre a reserva funcional do tendão e a sobrecarga que o tendão está submetido.
Além de diminuir a sobrecarga, precisamos melhorar a capacidade do tendão. A fisioterapia é fundamental para reabilitar o tendão, pois ajuda a diminuir o processo inflamatório, além de fortalecer o tendão e melhorar a percepção corporal – permitindo que o paciente execute melhor os movimentos.
-Medicações: para alivio mais imediato dos sintomas.
Alguns casos podem evoluir para a degeneração do tendão (aumentando o risco de ruptura) ou não ter uma boa resposta com o tratamento conservador. Nesses casos, existem outras ferramentas que podem ser associadas ao tratamento, como terapia por ondas de choque e infiltrações.
Por que temos tendinite?
A tendinite, que é a inflamação de um tendão, é causada, basicamente, por dois mecanismos:
-lesão aguda: quando o tendão é submetido a um esforço/carga muito grande, acima da capacidade dessa estrutura;
-microtraumas de repetição: leões que acontecem por uma sobrecarga do tendão ou por um movimento específico ou por número repetitivo alto de movimento ao longo do tempo.
A maioria das pessoas desenvolve tendinite por movimentos repetitivos no trabalho, exercícios físicos ou hobbies, que acabam gerando muito estresse no tendão.
Realizar a técnica adequada e estar atento a ergonomia quando se realiza movimentos repetidos (seja no trabalho – inclusive a postura que está sentado – ou na prática esportiva) é extremamente importante.
Postura e execução adequada dos movimentos previne que aconteça uma sobrecarga constante dos tendões, sendo importante não só para evitar a tendinite, como também para o tratamento.
Tendinite de Aquiles e a corrida
A tendinite do tendão de Aquiles, ou tendão calcâneo, é uma inflamação da banda fibrosa que conecta os músculos da panturrilha ao calcanhar. A tendinite de Aquiles acontece pelo mecanismo de overuse: altas cargas/sobrecargas do tendão sem o tempo de reparo (descanso) necessário.
Apesar de acometer praticantes de qualquer atividade física, principalmente nos praticantes irregulares – os chamados atletas de final de semana – é bastante frequente em praticantes de corrida. Costuma se manifestar quando tem aumento na intensidade ou na duração dos treinos e também que tem aumento na frequência dos treinos, diminuindo o tempo de descanso. Alguns fatores de risco para a tendinite de Aquiles são:
-Homem
-Envelhecimento
-Pés planos (chamados também de pé chato)
-Tênis de solado muito flat ou já desgastados
Tendinite – compressas quentes ou gelo?
O tendões são cordas fibrosas que conectam os músculos aos ossos.
Normalmente, a tendinite ocorre por movimentos, sobrecarga ou microtraumas repetitivos sobre um tendão ao decorrer do tempo.
Se o quadro for agudo (pouco tempo desde o início da dor), compressas de gelo ajudam a reduzir o inchaço e a dor.
Aplicar gelo no local 15-20 minutos a cada 4-6 horas, lembrando sempre de colocar uma toalha entre a pele e o gelo para proteger a pele.
Já dores crônicas, caracterizando tendinopatia ou tendinose, são amenizadas com o uso de compressas quentes.
O calor aumenta o fluxo sanguíneo naquela área, ajudando a relaxar a musculatura, o que pode aliviar a dor.
Dor no Joelho – Tendinite Patelar
A tendinite patelar é uma lesão (inflamação) do tendão que conecta a patela (a bolinha do joelho) a tibia (o osso da perna). O tendão patelar atua em conjunto com a musculatura da coxa – o quadríceps – para estender joelho.
A tendinite patelar é conhecida como joelho do saltador (“jumper’s knee”) por ser bastante comum em atletas de esportes com saltos, mas pode acometer qualquer pessoa. Normalmente, a dor acontece logo abaixo da patela, podendo vir acompanhada de inchaço.
O mais comum é a dor começar logo após atividade física, mas é frequente que a dor piore, passando a acontecer durante a atividade física e até em repouso, impossibilitando o exercício. Ações como sentar e levantar, agachar, descer e subir escadas costumam ser momentos que desencadeiam ou pioram a dor.
Tendinite do Tendão de Aquiles
O tendão do calcâneo ficou conhecido com tendão de Aquiles por ter sido o local do ferimento que matou o poderoso guerreiro Aquiles.
Segundo a mitologia, Tétis (a mãe de Aquiles), para proteger o filho, o banhou no rio Estige, segurando-o pelos calcanhares.
Assim, o corpo de Aquiles se tornou invulnerável, exceto os calcanhares.
Não deixa de ser poética a coincidência de que o tendão de Aquiles é o tendão mais forte do corpo humano.
É formado pela musculatura da panturrilha (tríceps sural: gastrocnêmios lateral e medial e sóleo) e está inserido no osso calcâneo.
Esse tendão atua no impulso do pé contra o solo durante a caminhada e corrida, contribuindo também na absorção do impacto após saltos.
A inflamação do tendão de Aquiles (tendinite) é uma queixa comum em corredores, saltadores e indivíduos que praticam atividade física somente nos finais de semana.
A inflamação ocorre quando a demanda das atividades é maior do que o condicionamento desse tendão.
Com a tendinite, o tendão fica dolorido ao ser tocado (mesmo pelos calçados), há inchaço e aumento de volume no local.
Atividades com extensão do tornozelo (subidas e até dirigir) pioram a dor.
O tratamento na grande maioria dos casos é conservador (sem cirurgia), sendo fundamental reabilitação com fortalecimento do tendão.
Alguns casos -crônicos e sem resposta ao tratamento conservador – podem ter indicação cirúrgica.
A cirurgia pode variar desde tirar as partes machucadas do tendão até usar um outro tendão como enxerto para ajudar a fazer os movimentos.




